Utilizar a via azul ou… ficar fora do mercado

Imprensa >
Utilizar a via azul ou… ficar fora do mercado
15/12/2023 Utilizar a via azul ou… ficar fora do mercado

A manhã do segundo dia dos Encontros Diáspora 2023 ficou marcada pelo tema do mar. Após reflexões sobre a Economia Azul e a Economia do Mar na agenda nacional e dos territórios, os participantes do evento em Viana dos Castelo tiveram a oportunidade de conhecer projetos associados ao mar, às energias renováveis e às tecnologias oceânicas.

Bernardo Ivo Cruz, Secretário de Estado da Internacionalização, salientou a forte ligação de Portugal ao mar: “Somos um país do mar. O nosso desenvolvimento ao longo da história fez-se sempre através do mar. A evolução da economia do mar para a economia azul é um desafio que vale a pena abraçar e que temos de vencer.”

“A de 25 de setembro, o Governo apresentou uma estratégia nacional, uma via verde, para que as PME possam reportar o que estão a fazer em termos de sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e boa governação. É um caminho complicado, sobretudo para as pequenas e médias empresas, mas é um caminho que temos de percorrer. Se as empresas não o fizerem até 2027 estarão fora do mercado. A nossa via verde, ou, neste caso de hoje, a nossa via azul, está lá para ser utilizada”, frisou.

Em nome empresa que lidera o consórcio constituído para o Pacto da Biotecnologia Azul, Miguel Marques explicou o propósito que norteia a Inovamar: “É possível crescer, desenvolver sem degradar o meio ambiente. É um desafio difícil, mas possível.”

“Portugal como pioneiro no desenvolvimento da bioeconomia azul” é o mote do pacto, “um piloto de 133 milhões de euros” que tem como objetivo lançar “51 novos tipos de produtos, processos e serviços até 31 de dezembro de 2025”.

Ruben Eiras, do Fórum Oceano, iniciou a sua intervenção com um voto de congratulação: “Finalmente, temos o mar a sair dos powerpoints e a acontecer nos seus mais diversos planos.”

“Somos o cluster da economia do mar e temos como desiderato fazer com que o modelo de negócio ESG, com base na inovação, seja a nota dominante na Economia Azul”, frisou o secretário-geral da entidade gestora do Cluster do Mar Português, completando: “A Economia azul duplicou numa década, mas demasiado ancorada no turismo. Portugal tem de ter muito mais diversificação, no que toca a investimento na Economia Azul.”

Daniel Ribeiro (Ocean Winds) e Miguel Silva (CorPower Ocean) apresentaram projetos implementados com sucesso na área do mar, das energias renováveis e das tecnologias oceânicas.