Economia Azul, capital natural e sustentabilidade nas prioridades estratégicas foram os temas em destaque no segundo dia dos Encontros PNAID 2023, a decorrer em Viana do Castelo.
Após a sessão oficial de abertura do maior fórum da economia da diáspora portuguesa, o palco do Centro Cultural recebeu o Ministro da Economia e Mar, António Costa Silva, da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e da Ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes.
António Costa Silva destacou, numa primeira instância, o crescimento da economia portuguesa, de 6,8 por cento, “o maior crescimento desde 1987”, “contra todos os prognósticos”. “Isso deveu-se, sobretudo, à capacidade impressionante do País nas nossas exportações, que chegaram pela primeira vez a 50 por cento do PIB”.
Depois de elencar os principais vetores desse crescimento, o Ministro da Economia e Mar transmitiu uma mensagem de confiança no futuro e no caminho que Portugal está a percorrer, rumo a uma economia mais sustentável.
“Os outros podem ter petróleo, mas nós temos oceanos e temos de capitalizar o potencial que os oceanos têm”. O feliz repto de Elvira Fortunato concluiu a intervenção da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que destacou as parceiras que Portugal tem desenvolvido com universidades para desenvolvimento de projetos e partilha de conhecimentos.
“As temáticas da economia azul são bastante transversais”, salientou Elvira Fortunato, assumindo ser o “desígnio” de Portugal “promover sinergias para o estudo do mar, visando o desenvolvimento”.
Nesse sentido, a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior partilhou um exemplo recente: “Na semana passada, assinámos acordos de parceria, com as Universidades dos Açores e da Madeira, para que ambas tenham uma linha de financiamento específica para a área dos oceanos.”
“Quando falarmos de desenvolvimento sustentável temos de falar sobre a produção primária. O tempo que vivemos implica um crescimento socioeconómico, que valorize o nosso ecossistema. Contamos com os nossos agricultores, os nossos pescadores, pois são eles os guardiões de uma riqueza natural e dos nossos recursos”, frisou, por sua vez, Maria do Céu Antunes.
A riqueza do ecossistema português mereceu uma nota de registo da Ministra da Agricultura e Alimentação, a par do incentivo à “adesão à dieta mediterrânea, que faz parte do nosso património”.
Salientando que “as pescarias portuguesas são sustentáveis para a maioria das espécies”, Maria do Céu Antunes revelou que, na sequência do Conselho de Agricultura e Pescas (Agrifish), realizado nos dias 10 e 11, o País assegurou “mais 23 milhões de euros de pescado, com o aumento de quotas, graças ao esforço de garantir a sustentabilidade do nosso património.”
A promoção da pesca sustentável, a restauração dos recursos marinhos, a promoção da aquacultura sustentável, a transformação e comercialização de produtos e a promoção do desenvolvimento da economia azul são os objetivos de Portugal, enquadrados no âmbito do programa MAR2030.
“Se queremos ir rápido, vamos sozinhos. Se queremos ir longe, vamos juntos”, finalizou a Ministra da Agricultura e Alimentação, deixando um apelo aos “15 milhões de portugueses espalhados pelo mundo, 10 em Portugal e cinco da Diáspora”: “Deem as mãos e ajudem a construir o nosso Portugal.”
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